sábado, 22 de junho de 2013

O ESPÍRITA NA EQUIPE

Numerosos companheiros estarão convencidos de que integrar uma equipe de ação espírita se resume em presenciar os atos rotineiros da instituição a que se vinculam e resgatar singelas obrigações de feição econômica. Mas não é assim. O espírita, no conjunto de realizações espíritas, é uma engrenagem inteligente com o dever de funcionar em sintonia com os elevados objetivos da máquina.
Um templo espírita não é simples construção de natureza material. É um ponto do Planeta onde a fé raciocinada estuda as leis universais, mormente no que se reporta à consciência e à justiça, à edificação do destino e à imortalidade do ser. Lar de esclarecimento e consolo, renovação e solidariedade, em cujo equilíbrio cada coração que lhe compõe a estrutura moral se assemelha à peça viva de amor na sustentação da obra em si.  Não bastará frequentar-lhe as reuniões. É preciso auscultar as necessidades dessas mesmas reuniões, oferecendo-lhes solução. Respeitar a orientação da casa, mas também contribuir, de maneira espontânea, com os dirigentes, na extinção de censuras e rixas, perturbações e dificuldades, tanto quanto possível no nascedouro, a fim de que não se convertam em motivos de escândalo. Falar e ouvir construtivamente. Efetuar tarefas consideradas pequeninas, como sejam sossegar uma criança, amparar um doente, remover um perigo ou fornecer uma explicação, sem que, para isso, haja necessidade de pedidos diretos. Sobretudo, na organização espírita, o espírita é chamado a colaborar na harmonia comum, silenciando melindres e apagando ressentimentos, estimulando o bem e esquecendo omissões no terreno da exigência individual.
Todos nós, encarnados e desencarnados, comparecemos no templo espírita no intuito de receber o concurso dos Mensageiros do Senhor; no entanto, os Mensageiros do Senhor esperam igualmente por nosso concurso, no amparo a outros, e a nossa cooperação com eles será sempre, acima de tudo, trabalhar e servir, auxiliar e compreender.

DEPOIS 

Depois de ouvir a palestra esclarecedora, cultive-a junto dos companheiros ausentes.
Ensinamento ouvido, riqueza de aprendizado.
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Depois da notícia edificante, transmita-a sem demora aos irmãos carecentes de estímulo.
Ânimo levantado, rendimento em serviço.
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Depois de ler a publicação doutrinária, passe-a adiante, clareando outras consciências.
Palavra escrita, ideia gravada.
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Depois de entender as frases do livro edificante, imprima-a no próprio verbo.
Estudo assimilado, conversação enobrecida.
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Depois de reconhecer o próprio erro, conserve a experiência, divulgando-a no instante oportuno.
Queda de alguém, apelo a muitos.
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Depois de observar o acontecimento digno de atenção, saliente o aviso que ficou.
Fato proveitoso, lição da vida.
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Depois de substituir o objeto usado por outro novo, conduza-o a mãos em maiores necessidades.
Traste velho na frente, auxílio na retaguarda.
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Depois de um dia, de uma tarefa, de uma crise, de uma enfermidade, de uma viagem ou de um encontro, algo se modifica em nosso espírito, para melhor, e devemos ofertar aos outros o melhor ao nosso alcance, sem deixar qualquer auxílio para depois. 

Livro ESTUDE E VIVA Tema 36 - FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA PELOS ESPÍRITOS EMMANUEL E ANDRÉ LUIZ